segunda-feira, agosto 01, 2011

Brega Naite é pra quem tem estômago

Sábado à noite fui curtir o Brega Naite realizado em um clube de Olinda do qual não me recordo o nome. Acho que era o Atlântico (pra quem conhece a cidade dos maconheiros Olinda, é aquele no Carmo).

As atrações eram DJ's e a Banda Lapada. E me pergunto já daí: desde quando um cara colocando músicas em playlist é atração? Me dá um notebook e instala o Real Player pra mim que viro DJ na hora!

Enfim... fui numa boa disposto a me divertir na zona, na baixaria mesmo, descendo até embaixo e fazendo o "L". Logo na entrada, vi que a noite seria estranha. Tinha mais sapato 43 bico largo por ali do que no estoque da Esposende da Boa Vista, se é que você me entende ;)

O povo bebendo do lado de fora e a música de terceira qualidade rolando lá dentro, desde as 23h59. Tudo indo numa boa, na maior alegria. Mas do lado de fora. Dentro, uma morgação.

Lado de fora bombando no Brega Naite!

Depois de gastar meus trocados em doses de capirinha, skol e red bull decidi entrar de cabeça no brega. Na pista, aquele lusco-fusco danado. Só se ouvia MC Boco e DJ GG ao lado de músicas belas de MC Sheldon, Swing do Pará, Frutos do Amor e o onipresente Conde.

Até Fernando Mendes rolava, para delírio dos mais velhotinhos. Quando a Banda Lapada entrou, foi aquele alvoroço! Todo mundo fazendo o tal do "L" na pista e eu só via sombras. Percebi que era a hora de ir pro fundão e me sentar.

 Começou o show da Banda Lapada e eu só via isso.

E é lá no fundão que você tem que estar com o espírito aberto. O fundão do Brega Naite não é para qualquer pessoa. Não é para qualquer religião ou credo. Não é para toda ideologia ou orientação política. Pra você ter uma ideia, ninguém sabe quem é mulher de verdade ou quem é macho. Vale tudo.

Numa dessas, eu me estrepei bunito. Tava de olho numa gatinha toda arrumada. Vestidinho curto de zebrinha, saltinho, cabelo na chapinha, batom... fui "chegar chegando" inspirado pelas músicas de Metal e Cego (vídeo abaixo) e disparei a minha melhor cantada:

- E aí, filé? Vamo dar um rolé?

Recebi a resposta mais sincera e direta que uma sapa pode dar:

- Boy, da fruta que tu gosta eu tenho uma plantação em casa pra chupar todo dia.

Com a cara no chão, pedi desculpas com um sorriso amarelo no rosto depois de me peidar todinho e saí de fininho. Nem a pau que eu voltaria naquele cantinho do Clube Atlântico! Por sinal, o cheiro da erva danada tava deixando a galera de trás doida só de respirar o ar e eu não voltaria lá mêêêêêismo!

O show da Banda Lapada foi animadinho. É engraçado porque eles não sabem fazer música sem colocar ôôÔôôÔ-shalálálá-lá-uuuhhhh no meio. TODAS repetem esse mantra.

Banheiros: gente que fazia xixi em pé e sentado na mesma fila!

O povo se beijando, a fila do banheiro feminino se misturando com a do masculino, uma festa só. Ponto positivo para a animação da tchurma, pra o espírito de liberdade, para a produção do Golarrolê e para os preços das bebidas dentro do clube - os mesmos praticados do lado de fora.

Tinha até vendedor daquelas flores conhecidas como "troféu de quenga":

Cada ramalhete por R$ 3

Ponto negativo para mim, que não sei diferenciar uma piriguete de uma sapa. Pra você que não foi e tá aí arretad@, dá uma sacada na música que foi a sensação da noite:

Gostou novinha? hauhauahuahau

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