sexta-feira, novembro 11, 2011

Jornalistas aceitam proposta dos patrões e descartam greve

O auditório do Sindicato dos Gráficos de Pernambuco estava lotado de jornalistas ótima oportunidade para jogar uma bomba para a assembleia que decidiu os rumos da categoria. Como sempre, a presença maior foi de colegas dos jornais. Alguns de TV, poucos de rádio e quase nenhum de assessorias.

Ficou decidido o seguinte: a categoria aceita a proposta de 10% de reajuste oferecida pelos patrões e a carta compromisso assinada pelos empresários garantindo que ninguém sem diploma será contratado até agosto de 2012, quando vai ser pedida a renovação do acordo já dentro da campanha salarial do ano que vem.

A luta pela exigência do diploma foi reforçada e até pediram uma "radicalização" das ações, independente da carta compromisso.

Isto porque a carta compromisso assinada pelos patrões perde o valor se a PEC do diploma for votada e derrotada no Senado.

O representante do Sindgraf, Iraquitan, afirmou que os gráficos são solidários aos jornalistas. Iraquitan fez questão de reacender o desejo de um sindicato único para profissionais da comunicação.

Mix do ex-prefeito João Paulo com barriga de Zeca Pagodinho, Iraquitan pediu união de classes. Jornalista dá um cochilo ao fundo enquanto o circo não pega fogo.

Na sua fala, a presidenta do Sindicato dos Jornalistas, Cláudia Eloi, apresentou a proposta dos patrões. Primeiro, queriam acordos diferenciados para os trabalhadores de rádio, TV e jornal. A ideia foi rejeitada de bate-pronto botou moral, presida! "Tudo é pra todo mundo", disse.

O Sinjope exige que a carta compromisso seja assinada no Ministério do Trabalho, para atestar o cumprimento do acordado com os patrões. Depois de assinado e documentado, meu filho, ninguém pode correr!

Auditório cheio. Dá até pra brincar de Onde está Wally!

"Se somarmos os contra-cheques de quem está aqui neste auditório, não dá pra pagar o salário de um deputado", afirmou um jornalista que exigiu anonimato. O aumento, ao que parece, agradou os profissionais.

Ao final, também foi votada a proposta de realização da assembleia mensalmente, sempre às sexta-feiras depois do expediente, no Bar Central. Primeira rodada de Heineken paga pelo sindicato.

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