segunda-feira, novembro 21, 2011

Elitismo e etilismo no Recife Antigo

Não se vê mais o Recife Antigo abarrotado de gente como antes, é verdade. Tirando o Carnaval, nos outros dias do ano aquele entorno só é animado pela redação da Folha, quatro fiteiros, dois botecos e 15 quartinhos de putas ~sujinhas~. 

Nesse cenário, não haveria melhor programação para a Praça do Arsenal no fim de semana que uma maratona de... brega! É isso aí! O brega cult que toca nas boates da Zona Sul foi colocado no meio da rua, de graça, pra todo mundo ver - inclusive os dorme-sujos habitués da região.

O público majoritário era a nata recifense. Engraçado ver o povo rykoh enchendo a cara e dançando até o chão ouvindo músicas do naipe "ele é maluco, o pica pau, ele é maluco..." (LOUCO, Vício) e "estava tão linda vestida naquele baby-dool" (MELO, Michelle). Era a elite com alto nível etílico.

A noite começou com show de Luís Vieira, de quem nunca ouvi falar na vida (sou sincero, vocês sabem) mas me surpreendeu com um show competente para quem se propôs a esquentar a galera. Tocou sucessos da música sertaneja, errou algumas todas letras, embarcou para o brega pernambucano do passado e ponto final. Nada de novidade, mas não decepcionou. Dou quatro caipiroskas pra ele.

Logo depois subiu ao palco o Victor Camarote. Bichinho... foi quem começou esse movimento todo de brega cult e ainda não é valorizado do jeito que merece. Pareceu um repeteco melhorado do primeiro show. E quando falo "melhorado" é só porque estou levando em conta o figurino do cabra, viu? Só. Dou um espetinho, cinco caipiroskas e duas Bohemias para ele.

Olha eu aí, organizando a mesa das bebidas! Baldes e mais baldes para criar coragem.

Antes do show de Faringes, o público ainda estava chegando. Hora de dar uma circulada pelo Recife Antigo... duas voltas pela Praça do Arsenal e já tinha umas quatro doidinhas na minha mira. ;)

A primeira que cheguei estava sozinha, apesar de parecer integrada a um grupo de cocotinhas acompanhadas por caras malhados. Pensei: "Se ela está sobrando, deve ser mal amada, chata e com a auto-estima lá embaixo. Dá pra mim!" e parti para o ataque.

Mas quando dei uma olhadinha nos zóio dela e soltei aquele sorriso oferecendo minha dose de caipirinha, ela me olhou dos pés a cabeça, fez uma cara de nojo e virou o rosto. Quase mando aquela baranga tomar no (_._) arrudiando! Oxe! Mulé feia cheia de luxo... onde já se viu isso? Deveria agradecer!

Com a cabeça quente, deixei a feiosa pra lá e parti para a outra. Achei duas numa tacada só! Abri meu sorriso na hora, dei aquela piscadinha, passei a mão no cabelo e as duas começaram a rir. Era a deixa pra eu chegar chegando. Uhuuul!

Conversamos pouco, não deu nem pra saber os nomes das duas. Quando eu disse que estava a fim de esticar a noite com qualquer uma das duas, levei um susto ao ouvir "mas nós já estamos acompanhadas. Eu estou com ela e ela está comigo", acompanhado de um beijo cinematográfico que nem eu sei dar em mulher nenhuma.

Uia! :O

Que azar! Duas sandalinhas... Bonitinhas feito estudantes da Unicap, mas sandalinhas! Desperdício. Bola pra frente.

Aí começou o show de Faringes da Paixão e o clima de paquera/azaração tomou conta do Arsenal. Era agora ou nunca. Vou dar minha última cartada na menina mais bonita que encontrar, afinal se é pra perder vamos perder para quem joga bonito sacaram essa, torcida tricolor?.

Minha visão do show de Faringes. No fundão, pegando a rebarba.

Encontrei o alvo, joguei meu charme, ela respondeu. Cheguei junto, puxei pra dançar e ela veio. Cheguei no ouvido dela e sussurrei: Quer ser minha fofolete do cão?

Levei um tapa e acordei no domingo, às 4 da manhã, deitado no banco de praça. Sujo, ressacado e ainda virgem naquela noite. Quase não vi o show de Faringes, mas pelo que soube foi arretado. Dou uma dose de whysky, quatro capiroskas, uma grade de Bohemia e um prato de filé com fritas para eles.

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