segunda-feira, outubro 03, 2011

Rock in Rio Doce abalou Olinda

"Foi melhor que o show de Ivete Sangalo!", vociferava a estudante de Marketing Ana Paula Rosas ao fim do show de Faringes da Paixão na primeira edição do Rock in Rio Doce. De fato, foi melhor que muito showzinho aí desse evento homônimo que ocorre no sudeste do país.

O que menos se ouviu foi Rock. O que mais se viu foi gente de Rio Doce. Os ônibus das caravanas riodocenses partiram logo cedo arrastando a multidão por todas as etapas do bairro.

Olinda abalou. Ficou chocada. O público chorou. Uma catarse. Homens e mulheres atordoados em um estado de êxtase coletivo e... bom, também não foi pra tanto. Foi legalzinho. Foi Ducaraaaaaiii!

Pra quem disse que eu estava na peor... pôhããnnn!

Todo mundo duvidava da viabilidade de uma brincadeira que começou no Facebook e ganhou as ruas, a  mídia e os corações pernambucanos. Mas o Rock in Rio Doce rolou mesmo e foi massa!

Eu tenho orgulho de dizer que fui ao Rock in Rio que teve gente mais bonita. Ou você quer discordar de mim quando eu digo que as fãs de Faringes da Paixão e Kelvis Duran são mais tchutchuquinhas que os brutamontes adoradores de Slipknot, Metallica e Guns'n'Roses? Me poupe, né?

Pra fazer parte da festa, cheguei cedinho. Fui sozinho, para a caça. Se é que me entendem ;) Ingresso na mão, ainda vi gente que estava nos arredores do Mercado Eufrásio Barbosa pagando R$ 40 por uma entrada com os cambistas. Cambista, engarrafamento, táxi lotado e mulher de saia curta: ingredientes para o sucesso de qualquer show!

Depois de tomar duas latinhas, uma dose de caipirinha, a desgraça da jurubeba e um Red Bull, decidi entrar. Já tinha gente tocando, mas nem lembro quem era. Acho que era Vício Louco, não sei. Mas foi massa ver as periguetes descendo até o chão e se remexendo feito lombriga perto do Palco Imundo.

No intervalo entre um show e outro, fui ao banheiro e me deparei com cenas que me lembraram o Brega Naite. Ninguém sabia qual era a difererença entre o mictório dos homens e o toillete das mulheres. Tudo junto e misturado, como pede o roteiro.

Nessa bagunça de fila - e tomado pela coragem obtida graças às doses antes da entrada - cheguei em uma galeguinha oxigenada e falei sussurando no ouvido: "E aí, e essas carnessssss?" Pensei que iria levar um empurrão costumeiro, mas para minha surpresa a maluquetche sorriu, alisou meu cabelo e disse: "Bichinho, tá é bebo, né?" Fiquei tão envergonhado que quase me mijo nas calças ali mesmo.

Com a cara roxa de constrangimento, saí logo da fila e voltei para o Palco Imundo. Já havia começado o show de Faringes da Paixão. Aí ficou legal!

Publicidade gratuita. Foi a única foto que achei onde apareço. Espero que entendam ;)

Do lado do palco é que a coisa rola. Lá atrás o pessoal tá maconhado bêbado, na frente as periguetes só querem saber dos artistas, mas do lado... ah, do lado! É LÁ que o negócio fica bom!

No primeiro passinho que fiz ao som de "Issaqui é Faringes da Paixããããããuuummm..." uma baixinha chegou junto, toda se rebolando. Não tocou nem o segundo refrão e a doida já tascou a mão na minha (_._)! Que ousada!

Eu falei pra ela: "Se tá procurando a carteira, esqueça. Só tem um cartão VEM e R$ 5. Procure outro". Para minha surpresa, ela respondeu: "Que carteira o quê, quero é te apertar, danado!" e subiu aquele bafo indefectível de cachaça com Ice. Ela estava entregue.

Fazer o quê, né? Presa fácil assim, tive que pegar. E ela não era de se jogar fora! Eu sim, sou de jogar fora. Então estava no lucro. Era aproveitar a dança e dar o velho golpe do nome falso e conta bancária superfaturada.

Lá pela terceira música quando perguntei o nome dela fui surpreendido com a condição imposta: ela só me falaria o nome se eu dissesse qual era o meu twitter. "Hein??? Como assim, Estagiário???" vocês devem estar questionando. Mas foi isso mesmo! O pessoal pergunta qual o twitter e não mais pelo nome. Pode? Que uó!

Fiquei na dúvida. Dou o twitter do @estag_social1? Mas ela vai ficar sabendo... Vai acabar comigo... E se estiver se fazendo de besta? Será que dou?... Pensei por uns cinco segundos e disse que meu twitter era o @huckluciano e ela acreditou. De fato, estava bicadíssima. Go on.

Depois ela passou a entrar em mais detalhes. Quis saber meu nome, perfil de Facebook, quantidade de seguidores e até meu telefone. Aí, filha, passou dos limites. Hora de dar tchau.

Fui para o outro lado e aproveitei o resto do Rock in Rio Doce como manda o hábito. Dancinha, bebidas e paqueradas de levis... é esperar pela próxima edição em 2013. Fica o aperitivo pra quem não foi: KÉÉÉÉÉÉÉÉÉLLLVISSSSSS DURAAAAAAAANNN!!!


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