terça-feira, julho 12, 2011

E não é que o Sinjope falou?

Pra quem pensa que o Sindicato dos Jornalistas só serve para fazer duas festas por ano - como eu penso - tá aqui a nota emitida agora há pouco pela categoria sobre a censura proibição restrição do uso das redes sociais no Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.

Nota Oficial sobre comunicado do SJCC
O Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE) recebeu com surpresa e apreensão as regras adotadas pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), na restrição ao uso das redes sociais pelos seus funcionários. O documento, assinado pelo diretor superintendente, vai de encontro a princípios constitucionais como a liberdade de expressão, inclusive com referências diretas à livre manifestação política, suprimida pela recente decisão divulgada.

O SinjoPE, que há quase 65 anos luta pelo direito à informação de interesse público e pelo exercício qualificado do jornalismo, sempre repudiará medidas que indiquem retrocessos, sobretudo em um momento histórico de avanços obtidos neste campo. Hoje, o Brasil debate a democratização da comunicação e amadurece com o exercício da imprensa livre, buscando os melhores caminhos para tal prática também nas redes sociais.

A manifestação individual, que respeita os princípios éticos e humanos, não tem proprietário nem pode ser objeto de censura. Reafirmamos que o direito à expressão é garantido a todos, e necessário diariamente a profissionais que lidam com a informação como matéria-prima. Ainda que admitindo o direito das instituições de assumirem normas internas, desde que pautadas pelos princípios da legislação, da boa relação trabalhista e do respeito ao seres humanos e aos profissionais, solidarizamo-nos integralmente com os jornalistas do SJCC.

Mais do que isso, estamos encaminhando à superintendência deste sistema de comunicação um ofício do SinjoPE, solicitando esclarecimentos e a revisão do documento oficializado ontem. É nosso papel, estatutário e moral, defender a categoria e contribuir para que o jornalismo cumpra a sua missão social.

E agora, vem contra-ataque?

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